Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua de Santo Antônio do Içá

Criar refúgios culturais para jovens indígenas como protecção da influência do narcotráfico na vulnerável região tri-fronteiriça da Amazónia

A AIKSAI

Sobre as Associações

As Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua representam o que há de mais essencial na organização comunitária —surgem pela mão das próprias comunidades e da sua determinação em proteger as suas crianças e jovens das influências do narcotráfico, ao mesmo tempo que procuram formas de preservar o conhecimento e cultura ancestrais numa das regiões mais vulneráveis da Amazónia. A operar na fronteira Brasil-Colômbia-Peru na região do Alto Solimões, estas organizações de base comunitária criam refúgios culturais que se tornam alternativas essenciais, proporcionando espaços onde o conhecimento tradicional e as competências contemporâneas florescem em conjunto e permitem às crianças e jovens escapar da influência das redes de narcotráfico.

O povo Kokama, com uma população de 19.052 pessoas no Brasil (SIASI/SESAI, 2020), mantém comunidades significativas ao longo do Rio Solimões. Apesar de enfrentarem graves desafios históricos devido aos impactos da colonização e deslocamento forçado que levaram muitos a suprimir temporariamente a sua identidade indígena, têm vivido um forte movimento de revitalização cultural desde a década de 1980. Como pescadores e agricultores experientes, mantêm práticas tradicionais, incluindo o ajuri (trabalho colectivo seguido de refeições comunitárias), ao mesmo tempo que se procuram adaptar aos desafios contemporâneos.

Com uma história semelhante, o povo Kambeba, com aproximadamente 1.500 membros no Brasil, tem demonstrado uma resiliência notável. De acordo com o Instituto Socioambiental, “haviam deixado de se identificar como indígenas devido à violência e discriminação que enfrentaram de pessoas não-indígenas desde meados do século XVIII”. No entanto, com o crescimento do movimento indígena a partir da década de 1980 e o reconhecimento dos direitos na Constituição de 1988, começaram a reafirmar a sua identidade. Os Kambeba desenvolveram, desde então, uma capacidade notória para diplomacia e desenvolvimento de relações com outras comunidades indígenas e agências governamentais.

Apesar de terem acesso apenas a recursos muito limitados, estas associações têm um impacto duradouro que se deve em parte ao estreito envolvimento comunitário, mas também à transferência inter-geracional de conhecimento que catalizam. Os seus programas incluem:

Oficinas de Artes e Cultura: Instrução em artesanato, música e dança indígena que ajudam a preservar técnicas ancestrais junto das novas gerações

Educação Ambiental: Anciãos partilham conhecimento ecológico sobre os ecossistemas da floresta e rios

Programas Desportivos: Combinam jogos indígenas tradicionais com desportos contemporâneos

Eventos Comunitários: Apresentações e encontros regulares que fortalecem os laços comunitários

Estas iniciativas reflectem a história mais ampla da organização indígena na região: desenvolvem e dão continuidade às iniciativas educacionais estabelecidas pelo povo Tikuna nas últimas décadas do século passado. Mais do que isso, simultaneamente e com inovação, criam novos espaços para a continuidade cultural.

A parceria

Sobre a Nossa Parceria

Fortalecer Refúgios Culturais em Território Vulnerável

A nossa parceria com as Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua começou por perceber as suas prioridades auto-determinadas. Estas comunidades identificaram o narcotráfico como a principal ameaça para os seus jovens e futuro, e desenvolveram a sua própria abordagem para enfrentar esta crise na sua região. O isolamento geográfico do Alto Solimões na região tri-fronteiriça tornou o seu território um corredor para rotas de tráfico de drogas que atravessam rios e florestas, criando perigo imediato para os jovens da comunidade que enfrentam recrutamento directo e ameaças de redes de tráfico.

Em vez de abordar estes desafios através de programas convencionais de prevenção, estas associações criaram refúgios culturais—espaços que contrariam activamente as influências do narcotráfico, proporcionando alternativas significativas onde os jovens desenvolvem identidades culturais fortes e competências práticas. Esta abordagem enfrenta directamente a ameaça urgente do recrutamento pelo narcotráfico e simultaneamente contribui para o esforço de preservação de conhecimento tradicional único.

A Azimuth World Foundation deu um apoio catalisador para o seu Programa de Resgate e Protecção Ancestral, que reúne crianças e adolescentes para actividades que combinam conhecimento tradicional e contemporâneo. O programa cria espaços seguros onde os jovens indígenas podem reunir-se regularmente para aprender canções, instrumentos e danças tradicionais, orientados por anciãos e professores da comunidade. Para além da música, estas oficinas tornam-se espaços para a transmissão inter-geracional de conhecimento, preservação da língua e solidariedade comunitária.

Construir Redes para a Mudança Liderada pela Comunidade

A nossa colaboração dá prioridade à amplificação das vozes indígenas e garante que as comunidades na Amazónia possam contar as suas próprias histórias, nas suas próprias palavras. Acreditamos que as narrativas mais impactantes sobre a vida na Amazónia, a profunda ligação com o rio e as respostas para desafios como o narcotráfico devem vir directamente daqueles que vivem esta realidade todos os dias.

Em 2025, facilitámos a ligação entre estas associações e um projecto documental que põe as perspectivas indígenas e a sua profunda relação com o rio, os seus territórios e as suas práticas culturais em primeiro plano. Em vez de falar por estas comunidades, esta oportunidade permite que elas partilhem as suas experiências—da protecção do conhecimento tradicional a estratégias de protecção dos jovens—com uma audiência global.

Ao elevar estas vozes, o mundo ganha acesso a sabedoria insubstituível sobre o ecossistema amazónico e testemunha a resiliência destas comunidades ao preservar o seu património cultural enquanto enfrentam por problemas contemporâneos muito compleooxoos. Estas narrativas na primeira pessoa revelam tanto as dimensões espirituais da vida ribeirinha como as duras realidades da destruição ambiental e pressões sociais, contadas por aqueles que compreendem estas dinâmicas com maior intimidade.

IMPACTO

Impacto

O Programa de Resgate e Protecção Ancestral tem tido um impacto significativo nas vidas das crianças e jovens Kokama, Kambeba, Omágua e Caboclas por toda a região do Alto Solimões. As principais conquistas incluem:

Prevenção do Recrutamento Para o Narcotráfico: Através da criação de uma alternativa eficaz que reduze a vulnerabilidade dos jovens ao recrutamento por redes de tráfico de drogas que operam na região tri-fronteiriça

Transmissão de Conhecimento Cultural: Centenas de crianças e jovens participam em sessões regulares onde aprendem artes tradicionais, música e conhecimento ambiental com os anciãos da comunidade

Criação de Espaços Seguros: Estabelecimento de locais de encontro nas comunidades onde as crianças se reúnem para actividades construtivas que contrariam influências nocivas

Desenvolvimento de Competências: Os jovens adquiriram competências de criação de artesanato tradicional e também desenvolveram talentos nas áreas da música e desporto

Fortalecimento Comunitário: Apresentações e eventos regulares reforçaram os laços comunitários que ajudam a proteger os jovens de pressões externas

Criação de Redes Entre Aldeias: Programas de intercâmbio permitem que os participantes partilhem experiências e conhecimento entre diferentes comunidades e criem redes mais amplas de resiliência cultural e protecção

O programa demonstra como a preservação cultural é uma estratégia eficaz contra o narcotráfico. Ao combinar conhecimento ancestral com desenvolvimento de competências contemporâneas, as associações estão a criar caminhos para que os jovens permaneçam ligados à sua herança cultural e simultaneamente construam futuros seguros, livres das influências do tráfico.

Do Terreno

Notícias do Terreno

Novidades sobe projectos, iniciativas e colaborações.

 

 

Apoie

Apoie

As Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua demonstram como iniciativas lideradas pela comunidade podem criar sistemas de protecção eficaz contra o narcotráfico e simultaneamente ajudar a preservar património cultural insubstituível. O seu trabalho na criação destes refúgios com duplo propósito representa uma abordagem eficaz face aos desafios mais prementes que as comunidades indígenas em regiões fronteiriças enfrentam.

A Azimuth World Foundation orgulha-se de ser parceiras destas associações. Para se tornar um aliado destas comunidades indígenas da região do Alto Solimões, pode contactar directamente o respondável pelo projecto:

Rômulo Omágua Kambeba: +55 97 98428-8269 (WhatsApp)

Ao apoiar estas associações estará a contribui para um trabalho que contraria activamente o narcotráfico ao proporcionar aos jovens alternativas significativas. O seu apoio vai ajudar a criar espaços de refúgio que protegem crianças vulneráveis do recrutamento para redes de tráfico enquanto preservam conhecimento cultural insubstituível. A resiliência que estas comunidades demonstram oferece lições importantes para criar segurança e preservar significado em alguns dos territórios mais complexos do mundo.

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Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua de Santo Antônio do Içá

Criar refúgios culturais para jovens indígenas como protecção da influência do narcotráfico na vulnerável região tri-fronteiriça da Amazónia

A AIKSAI

Sobre as Associações

As Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua representam o que há de mais essencial na organização comunitária —surgem pela mão das próprias comunidades e da sua determinação em proteger as suas crianças e jovens das influências do narcotráfico, ao mesmo tempo que procuram formas de preservar o conhecimento e cultura ancestrais numa das regiões mais vulneráveis da Amazónia. A operar na fronteira Brasil-Colômbia-Peru na região do Alto Solimões, estas organizações de base comunitária criam refúgios culturais que se tornam alternativas essenciais, proporcionando espaços onde o conhecimento tradicional e as competências contemporâneas florescem em conjunto e permitem às crianças e jovens escapar da influência das redes de narcotráfico.

O povo Kokama, com uma população de 19.052 pessoas no Brasil (SIASI/SESAI, 2020), mantém comunidades significativas ao longo do Rio Solimões. Apesar de enfrentarem graves desafios históricos devido aos impactos da colonização e deslocamento forçado que levaram muitos a suprimir temporariamente a sua identidade indígena, têm vivido um forte movimento de revitalização cultural desde a década de 1980. Como pescadores e agricultores experientes, mantêm práticas tradicionais, incluindo o ajuri (trabalho colectivo seguido de refeições comunitárias), ao mesmo tempo que se procuram adaptar aos desafios contemporâneos.

Com uma história semelhante, o povo Kambeba, com aproximadamente 1.500 membros no Brasil, tem demonstrado uma resiliência notável. De acordo com o Instituto Socioambiental, “haviam deixado de se identificar como indígenas devido à violência e discriminação que enfrentaram de pessoas não-indígenas desde meados do século XVIII”. No entanto, com o crescimento do movimento indígena a partir da década de 1980 e o reconhecimento dos direitos na Constituição de 1988, começaram a reafirmar a sua identidade. Os Kambeba desenvolveram, desde então, uma capacidade notória para diplomacia e desenvolvimento de relações com outras comunidades indígenas e agências governamentais.

Apesar de terem acesso apenas a recursos muito limitados, estas associações têm um impacto duradouro que se deve em parte ao estreito envolvimento comunitário, mas também à transferência inter-geracional de conhecimento que catalizam. Os seus programas incluem:

Oficinas de Artes e Cultura: Instrução em artesanato, música e dança indígena que ajudam a preservar técnicas ancestrais junto das novas gerações

Educação Ambiental: Anciãos partilham conhecimento ecológico sobre os ecossistemas da floresta e rios

Programas Desportivos: Combinam jogos indígenas tradicionais com desportos contemporâneos

Eventos Comunitários: Apresentações e encontros regulares que fortalecem os laços comunitários

Estas iniciativas reflectem a história mais ampla da organização indígena na região: desenvolvem e dão continuidade às iniciativas educacionais estabelecidas pelo povo Tikuna nas últimas décadas do século passado. Mais do que isso, simultaneamente e com inovação, criam novos espaços para a continuidade cultural.

A parceria

Sobre a Nossa Parceria

Fortalecer Refúgios Culturais em Território Vulnerável

A nossa parceria com as Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua começou por perceber as suas prioridades auto-determinadas. Estas comunidades identificaram o narcotráfico como a principal ameaça para os seus jovens e futuro, e desenvolveram a sua própria abordagem para enfrentar esta crise na sua região. O isolamento geográfico do Alto Solimões na região tri-fronteiriça tornou o seu território um corredor para rotas de tráfico de drogas que atravessam rios e florestas, criando perigo imediato para os jovens da comunidade que enfrentam recrutamento directo e ameaças de redes de tráfico.

Em vez de abordar estes desafios através de programas convencionais de prevenção, estas associações criaram refúgios culturais—espaços que contrariam activamente as influências do narcotráfico, proporcionando alternativas significativas onde os jovens desenvolvem identidades culturais fortes e competências práticas. Esta abordagem enfrenta directamente a ameaça urgente do recrutamento pelo narcotráfico e simultaneamente contribui para o esforço de preservação de conhecimento tradicional único.

A Azimuth World Foundation deu um apoio catalisador para o seu Programa de Resgate e Protecção Ancestral, que reúne crianças e adolescentes para actividades que combinam conhecimento tradicional e contemporâneo. O programa cria espaços seguros onde os jovens indígenas podem reunir-se regularmente para aprender canções, instrumentos e danças tradicionais, orientados por anciãos e professores da comunidade. Para além da música, estas oficinas tornam-se espaços para a transmissão inter-geracional de conhecimento, preservação da língua e solidariedade comunitária.

Construir Redes para a Mudança Liderada pela Comunidade

A nossa colaboração dá prioridade à amplificação das vozes indígenas e garante que as comunidades na Amazónia possam contar as suas próprias histórias, nas suas próprias palavras. Acreditamos que as narrativas mais impactantes sobre a vida na Amazónia, a profunda ligação com o rio e as respostas para desafios como o narcotráfico devem vir directamente daqueles que vivem esta realidade todos os dias.

Em 2025, facilitámos a ligação entre estas associações e um projecto documental que põe as perspectivas indígenas e a sua profunda relação com o rio, os seus territórios e as suas práticas culturais em primeiro plano. Em vez de falar por estas comunidades, esta oportunidade permite que elas partilhem as suas experiências—da protecção do conhecimento tradicional a estratégias de protecção dos jovens—com uma audiência global.

Ao elevar estas vozes, o mundo ganha acesso a sabedoria insubstituível sobre o ecossistema amazónico e testemunha a resiliência destas comunidades ao preservar o seu património cultural enquanto enfrentam por problemas contemporâneos muito compleooxoos. Estas narrativas na primeira pessoa revelam tanto as dimensões espirituais da vida ribeirinha como as duras realidades da destruição ambiental e pressões sociais, contadas por aqueles que compreendem estas dinâmicas com maior intimidade.

IMPACTO

Impacto

O Programa de Resgate e Protecção Ancestral tem tido um impacto significativo nas vidas das crianças e jovens Kokama, Kambeba, Omágua e Caboclas por toda a região do Alto Solimões. As principais conquistas incluem:

Prevenção do Recrutamento Para o Narcotráfico: Através da criação de uma alternativa eficaz que reduze a vulnerabilidade dos jovens ao recrutamento por redes de tráfico de drogas que operam na região tri-fronteiriça

Transmissão de Conhecimento Cultural: Centenas de crianças e jovens participam em sessões regulares onde aprendem artes tradicionais, música e conhecimento ambiental com os anciãos da comunidade

Criação de Espaços Seguros: Estabelecimento de locais de encontro nas comunidades onde as crianças se reúnem para actividades construtivas que contrariam influências nocivas

Desenvolvimento de Competências: Os jovens adquiriram competências de criação de artesanato tradicional e também desenvolveram talentos nas áreas da música e desporto

Fortalecimento Comunitário: Apresentações e eventos regulares reforçaram os laços comunitários que ajudam a proteger os jovens de pressões externas

Criação de Redes Entre Aldeias: Programas de intercâmbio permitem que os participantes partilhem experiências e conhecimento entre diferentes comunidades e criem redes mais amplas de resiliência cultural e protecção

O programa demonstra como a preservação cultural é uma estratégia eficaz contra o narcotráfico. Ao combinar conhecimento ancestral com desenvolvimento de competências contemporâneas, as associações estão a criar caminhos para que os jovens permaneçam ligados à sua herança cultural e simultaneamente construam futuros seguros, livres das influências do tráfico.

Do Terreno

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Novidades sobe projectos, iniciativas e colaborações.

 

 

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As Associações Indígenas Kokama e Kambeba-Omágua demonstram como iniciativas lideradas pela comunidade podem criar sistemas de protecção eficaz contra o narcotráfico e simultaneamente ajudar a preservar património cultural insubstituível. O seu trabalho na criação destes refúgios com duplo propósito representa uma abordagem eficaz face aos desafios mais prementes que as comunidades indígenas em regiões fronteiriças enfrentam.

A Azimuth World Foundation orgulha-se de ser parceiras destas associações. Para se tornar um aliado destas comunidades indígenas da região do Alto Solimões, pode contactar directamente o respondável pelo projecto:

Rômulo Omágua Kambeba: +55 97 98428-8269 (WhatsApp)

Ao apoiar estas associações estará a contribui para um trabalho que contraria activamente o narcotráfico ao proporcionar aos jovens alternativas significativas. O seu apoio vai ajudar a criar espaços de refúgio que protegem crianças vulneráveis do recrutamento para redes de tráfico enquanto preservam conhecimento cultural insubstituível. A resiliência que estas comunidades demonstram oferece lições importantes para criar segurança e preservar significado em alguns dos territórios mais complexos do mundo.

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