Etno-Programa Sustentável de Gestão de Água Para a Comunidade Indígena Narakajmanta, na Colômbia

Crédito: Environmental Women Corporation
Bolsa de 25 000 USD
para implementar um programa sustentável
de gestão dos recursos de água
utilizados pela comunidade indígena Narakajmanta
na Serra Nevada de Santa Marta.
O QUE VAI ENCONTRAR NESTA PÁGINA
Nesta página, partilhamos informação sobre a comunidade servida por este projeto e os desafios específicos que enfrenta. Apresentamos o trabalho da Environmental Women Corporation, a organização indígena que nos orgulhamos de ter apoiado, e descrevemos pormenorizadamente o projeto que desenvolveram com este apoio. Convidamo-lo a explorar este projeto, a tornar-se um aliado e a descobrir formas de apoiar diretamente o trabalho da Environmental Women Corporation.
A COMUNIDADE
A comunidade indígena Narakajmanta vive na Sierra Nevada de Santa Marta, uma área remota e de difícil acesso, localizada no departamento de Magdalena, na Colômbia. Desta comunidade fazem parte cerca de 37.200 habitantes, distribuídos por aproximadamente 3000 famílias. As raízes culturais e espirituais da comunidade Narakajmanta são profundamente marcadas pela relação desta comunidade com a selva, as florestas e os rios de Sierra Nevada de Santa Marta, o que se manifesta nas suas longas tradições de respeito e cuidado para com o meio ambiente onde habitam.
Crédito: Environmental Women Org
Apesar deste património cultural muito rico, e do valioso contributo do seu modo de vida para a preservação do ecossistema amazónico, a comunidade de Narakajmanta não deixa de enfrentar enormes desafios em áreas como a igualdade de género, a luta contra as alterações climáticas e a justiça ambiental.
Igualdade de género: Mulheres e as raparigas representam 52% da população total. É frequente terem de percorrer diariamente distâncias de até 500 metros para acederem a fontes de água, uma situação que eleva o risco de assédio e abuso sexual. Ou seja, a falta de acesso a serviços básicos, como a água potável e a energia, é uma das áreas onde se manifesta a desigualdade de género e que afecta diretamente a vida quotidiana das mulheres Narakajmanta.
External Link

Desafíos Cruciales en la Sierra Nevada de Santa Marta – Narakajmanta
Combate às alterações climáticas: A vulnerabilidade da comunidade de Narakajmanta neste aspecto deve-se à ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, que afectam a segurança alimentar e o acesso à água. A falta de acesso às energias renováveis também leva a um agravamento da desflorestação local, o que por sua vez contribui para o agravamento das alterações climáticas, num ciclo vicioso.
Justiça ambiental: O governo colombiano tem sistematicamente abandonado a implementação de projectos ambientais na região. Apesar da preservação da floresta amazónica ser fulcral para atenuar os impactos das alterações climáticas, e da necessidade vital de conservar a biodiversidade que alberga, a comunidade Narakajmanta não recebido respostas adequadas por parte das autoridades governamentais, no que se refere à implementação deste tipo de projetos.
Crédito: Environmental Women Org
OS DESAFIOS
Este projecto procura responder à grave insegurança hídrica sentida pela comunidade indígena Narakajmanta, na Colômbia.
1. Segurança hídrica
Na comunidade Narakajmanta, o abastecimento de água é inferior a 5 litros por pessoa, por semana. A fonte de água mais próxima fica a 500 metros de distância. Estes valores são substancialmente inferiores às recomendações da OMS, que indicam 50 litros por pessoa, por dia. A falta de água potável de qualidade tem graves implicações para a saúde pública. A prevalência de doenças transmitidas pela água, como a diarreia, a febre tifoide e a hepatite, é substancialmente mais elevada na comunidade de Narakajmanta do que noutras partes da Colômbia, com taxas que excedem a média nacional em 75%. A comunidade carece de infraestruturas essenciais, tais como sistemas de drenagem e bombeamento, redes de distribuição e centros de tratamento de águas. A única água disponível acessível tem de ser recolhida, e implica caminhadas de pelo menos 500 metros.
Crédito: Environmental Women Org
2. Diagnóstico diferencial dos impactos da insegurança hídrica, de acordo com o género, na comunidade indígena de Narakajmanta, na Colômbia
A insegurança hídrica, exacerbada devido às alterações climáticas, é uma ameaça para o bem-estar da comunidade indígena Narakajmanta, apesar da Sierra Nevada de Santa Marta ser classificada pela UNESCO enquanto uma Reserva de Biosfera. Estes impactos e ameaças são diferenciados, de acordo com o género, a idade e o estatuto socioeconómico dos indivíduos da comunidade. Os impactos das alterações climáticas já afectam cerca de 30 rios, ao longo de aproximadamente 9.800 hectares do território Narakajmanta, comprometendo a qualidade e a disponibilidade de água para consumo humano e produção agrícola, bem como a biodiversidade da região.
(i) Entre os 5.000 beneficiários deste projecto, há 2.600 mulheres Narakajmanta. Tradicionalmente, as mulheres da comunidade são responsáveis pela recolha de água e pela agricultura, sofrendo por isso impactos desproporcionais devido à falta de acesso a água. As estatísticas falam por si: as mulheres são responsáveis por recolher 90% da água, e por 40% da produção de alimentos, a nível local. Fenómenos climáticos extremos, como secas e inundações, aumentam em 30% o tempo despendido a recolher água, o que limita a participação das mulheres noutras actividades educativas, económicas e sociais. Além disso, a exposição a substâncias químicas tóxicas, como o mercúrio e o chumbo, aumentou 25% nos últimos 3 anos, devido à crescente extração ilegal de ouro nas fontes de água mais próximas, uma situação que pode desencadear epidemias de doenças neurológicas crónicas. Além disso, pelo menos 60% das mulheres afirmam ter sido vítimas de assédio ou abuso sexual, durante as longas caminhadas que têm de fazer para recolher água.
Crédito: Environmental Women Org
(ii) Entre os beneficiários do projecto contam-se também 2.300 homens Narakajmanta. A população masculina também sofre impactos devido à situação descrita em cima, apesar de os homens terem mais facilidade no acesso a recursos. Um dos maiores impactos prende-se com a pesca. Devido às alterações climáticas, especificamente nos ecossistemas aquáticos, os rendimentos da comunidade com esta actividade diminuíram 20% nos últimos 5 anos, o que é dramático, tendo em conta que a pesca representa 40% do rendimento total dos Narakajmanta. Apesar disso, o maior acesso a recursos e a oportunidades mais diversas de trabalho, leva a uma maior resiliência da população masculina.
(iii) O projecto chega até 1350 indivíduos com menos de 18 anos. Entre estes, as raparigas de Narakajmanta enfrentam desafios muito particulares. Não só são responsáveis pela recolha de água, como também são mais vulneráveis à violência e ao abuso sexual durante a realização desta actividade. Os relatos deste tipo de incidentes tende a aumentar cerca de 15% quando se atravessam períodos de fenómenos meteorológicos extremos. Além disso, estima-se que a recolha de água tenha reduzido em 66% a taxa de escolarização das raparigas Narakajmanta.
(iv) Entre a população mais jovem, também os rapazes Narakajmanta sofrem os impactos das alterações climáticas, em particular no que se refere à segurança alimentar. Com o declínio da pesca e da agricultura devido à insegurança hídrica, a taxa de subnutrição infantil aumentou 42% nos últimos três anos, uma situação que foi agravada pelos impactos da pandemia de COVID-19.
(v) O projecto pretende também chegar a outros grupos-alvo, tais como as mulheres idosas da comunidade, ou um grupo de cerca de 100 indivíduos LGBTI. Ambos estes grupos são vítimas de discriminação na comunidade, que é exacerbada num contexto de insegurança hídrica. O acesso destes grupos vulneráveis a recursos vitais torna-se ainda mais limitado. Apesar das mulheres idosas possuírem importantes conhecimentos tradicionais para a gestão da água, não têm voz nem voto na comunidade. Já o estigma enfrentado pelos indivíduos LGBTI é de tal forma acentuado, que acabam por ser os últimos membros da comunidade a conseguirem aceder a recursos hídricos.
Crédito: Environmental Women Org
(vi) O estatuto socioeconómico é também um factor de enorme relevo. 90% da comunidade é constituída por famílias indígenas com rendimentos abaixo do limiar de pobreza. Este grupo está substancialmente mais exposto aos impactos negativos das alterações climáticas, que incluem inundações, deslizamentos de terras, insegurança hídrica e doenças gastrointestinais. Houve, por isso, um grande interesse neste projecto por parte do Conselho Indígena de Narakajmanta. As chefias locais, da comunidade, têm sido chamadas a participar desde o início num processo de consulta e planeamento, e o projecto só avançou após o seu consentimento informado. Reconheceram de imediato que o programa respondia a necessidades críticas no seio da comunidade, resultantes da falta de acesso a água potável. A abordagem ao tema da desigualdade de género também foi altamente valorizada pelo Conselho, que destacou as melhorias na segurança e no bem-estar das mulheres e raparigas Narakajmanta, principais responsáveis pela recolha de água na comunidade.
A ORGANIZAÇÃO PARCEIRA
Environmental Women Corporation
A Environmental Women Corporation (EWC) é uma organização fundada em 2009, focada em enfrentar alguns dos desafios planetários mais urgentes, como as alterações climáticas, a preservação da biodiversidade e a justiça ambiental. Com mais de uma década de experiência na frente de luta por um futuro sustentável, a EWC tem demonstrado um empenho inabalável na proteção do meio ambiente e na promoção da igualdade de género em todas as suas actividades.
(i) História e missão:
A história da EWC começa quando um grupo de mulheres empenhadas e determinadas se une em torno de uma visão: criar um mundo mais sustentável e equitativo para as gerações futuras. Desde a sua criação, a organização tem trabalhado incansavelmente para enfrentar as ameaças das alterações climáticas e da perda de biodiversidade, promovendo simultaneamente a igualdade de género no que se refere a questões ligadas ao ambientalismo.
Crédito: Environmental Women Org
(ii) Principais actividades:
– Luta contra as alterações climáticas: A EWC lidera projectos de mitigação e adaptação às alterações climáticas, em áreas como as energias renováveis, a eficiência energética e a sensibilização do público para a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
– Preservação da biodiversidade: A organização dedica-se à proteção da biodiversidade e dos ecossistemas terrestres. Trabalha na conservação de ecossistemas críticos, na promoção de práticas agrícolas sustentáveis e na recuperação de ecossistemas degradados.
– Justiça ambiental: Através dos seus projectos e trabalho de sensibilização, a EWC procura garantir que todas as comunidades, independentemente da sua localização ou estatuto socioeconómico, têm acesso a um meio ambiente saudável e seguro. Por isso, a organização está empenhada em defender políticas e práticas que reduzam as desigualdades em áreas ligadas ao meio ambiente.
Crédito: Environmental Women Org
(iii) Relação com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
O trabalho da EWC está profundamente alinhado com vários Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, tal como foram estabelecidos pelas Nações Unidas:
– Igualdade de género (ODS 5): A igualdade de género é um pilar central da missão da EWC. A organização trabalha na capacitação de mulheres e raparigas, promove a sua participação ativa na tomada de decisões ligadas ao meio ambiente e procura garantir a igualdade de acesso a oportunidades em todos os aspectos do seu trabalho.
– Energias renováveis (ODS 7): A EWC está empenhada em promover o uso de fontes de energia sustentáveis. Com os projectos desenvolvidos em torno da energia solar e eólica, a organização procura contribuir para redução das emissões de carbono.
– Proteger a vida terrestre (ODS 15): A conservação da biodiversidade e a restauração dos ecossistemas terrestres são áreas de foco centrais para a EWC. A organização colabora de forma muito próxima com comunidades e governos locais, no sentido de proteger paisagens naturais e restaurar ecossistemas degradados.
– Acção climática (ODS 13): O combate às alterações climáticas é uma das prioridades da EWC. Tanto os seus projectos na área das energias renováveis, como as suas iniciativas de sensibilização, estão alinhados com o objetivo de reduzir a pegada de carbono global.
Crédito: Environmental Women Org
(iv) Impacto mensurável
Mais de dez anos de actividade mostram que o trabalho da EWC tem tido um impacto significativo:
– A organização participou em mais de 100 projectos ligados à utilização de energias renováveis, que em conjunto representam mais de 2 milhões de toneladas de CO2 que não foram emitidas.
– Participou na conservação de mais de 500.000 hectares de ecossistemas críticos.
– Capacitou mais de 5.000 mulheres e raparigas para a liderança de iniciativas ambientais.
A EWC continua a ser um foco de esperança na luta por um futuro sustentável. O seu empenho em áreas como a igualdade de género, as energias renováveis, a conservação da biodiversidade e a justiça ambiental, confere à organização uma posição única de liderança, através da qual quer continuar a contribuir para a transição em direção a um mundo mais verde e mais equitativo para todos.
O PROJETO
Etno-Programa Sustentável de Gestão de Água Para a Comunidade Indígena Narakajmanta, na Colômbia
O plano de implementação do projecto dividiu-se por uma série de etapas, concebidas para atingir objectivos específicos e maximizar a eficiência da execução. A duração total do projecto foi de 12 meses, e envolveu 8 profissionais e 50 voluntários, que realizaram um leque diversificado de actividades simultâneas.
Fase 1: Preparação (Meses 1 e 2)
Para esta fase estavam previstas avaliações topográficas e solares, necessárias para determinar a localização ideal dos 10 painéis solares de 450W. Estavam também previstas avaliações detalhadas da fonte de água, e subsequente planeamento do sistema de tubagens para a distribuição da mesma. Foi criado um comité técnico para a questão da distribuição de água, composto por 10 jovens da comunidade de Narakajmanta. Foi também concebido um plano de formação para os membros deste comité.
Fase 2: Implementação (Meses 3 a 10)
Fase em que foram realizadas as principais actividades do projecto, e que incluiu a instalação de painéis solares em locais estratégicos da comunidade de Narakajmanta. Foram contratados engenheiros especializados em energia solar, responsáveis pela instalação dos painéis segundo as normas da ASTM, e foram realizados testes em cada local, para garantir a geração de pelo menos 4,5kW de energia. Em simultâneo, foi planeada em maior detalhe a instalação da bomba hidráulica alimentada por energia solar. Em particular, foi desenvolvido trabalho relacionado com a estrutura deste equipamento e com os sistemas de bombeamento e tubagem, garantindo a conformidade com as normas da ASME. Foram também planeados testes de caudal e de pressão para otimizar o desempenho do sistema. Simultaneamente, foi desenhada a rede de distribuição de água, baseada em 10 locais estratégicos, recorrendo a ferramentas de software GIS e ao AutoCAD, e segundo as normas da ANSI/AWWA e da OSHA. Ficou prevista a instalação de válvulas de controlo de caudal e sensores de qualidade da água para cada um dos pontos estratégicos.
Crédito: Environmental Women Org
Fase 3: Formação e fortalecimento da comunidade (meses 6 a 10)
Para esta fase planeou-se a formação de 300 jovens indígenas, focada no funcionamento e manutenção dos sistema de abastecimento de água e de energia solar. Para este plano de formação foram concebidos módulos teóricos e práticos, e estabelecidas métricas específicas para avaliar a eficácia do mesmo, tais como o tempo de resolução de problemas e a interpretação de dados recolhidos pelos sensores. O comité para a distribuição de água recebeu formação técnica e de gestão, no sentido de assegurar o funcionamento do sistema a longo prazo.
Fase 4: Monitorização e avaliação (meses 10 a 12)
Para a fase final, planeou-se uma monitorização contínua do funcionamento dos sistemas de abastecimento de água e de energia solar. Esta monitorização inclui avaliar o desempenho dos painéis solares e da bomba hidráulica, e recolher dados sobre a qualidade da água distribuída. O comité técnico desempenha um papel central neste acompanhamento e na gestão dos problemas que vão surgindo. Nesta fase estão também incluídos inquéritos e entrevistas realizados na comunidade de Narakajmanta, para medir o impacto do programa em termos de segurança hídrica e energética, de capacitação das mulheres e dos jovens e da melhoria da qualidade de vida.
Crédito: Environmental Women Org
Planos de desembolso e aquisição:
O uso dos fundos foi feito de acordo com a execução das principais etapas do projecto, garantindo que cada actividade tinha os recursos necessários disponíveis. Relativamente ao plano de aquisições, este incluiu a compra dos painéis solares, da bomba hidráulica e dos materiais para a instalação da rede de distribuição de água. Foram estabelecidas parcerias com fornecedores locais, procurando garantir a qualidade e a disponibilidade dos equipamentos e materiais necessários. O plano de execução do projecto procurou definir uma sequência lógica de etapas e actividades, tirar partido dos recursos humanos disponíveis e garantir o seguimento de normas técnicas rigorosas. Sempre que possível procurou-se maximizar a eficiência do projecto, realizando várias actividades em simultâneo. A monitorização e a avaliação são centrais ao projecto, uma vez que o sucesso do mesmo implica não só a qualidade da execução, como a sustentável do impactos benéficos na comunidade indígena de Narakajmanta.
Quando o projecto começava a ser implementado, tivemos a oportunidade de conversar com Nadia Rodriguez, membro da equipa da EWC. Veja a entrevista que gravámos para a nossa rubrica Voices From the Ground, em baixo (legendas em inglês e português disponíveis a partir das definições do vídeo no Youtube). Pode também encontrar uma transcrição da entrevista, em inglês e em português, aqui.
Os impactos já se fazem sentir. 20 destes painéis estão agora a fornecer eletricidade a 60 casas na comunidade. Quanto aos outros 4 painéis, foram instalados junto à escola indígena de Narakajmanta. As melhorias na iluminação e ventilação da escola tiveram um impacto muito significativo nas condições de aprendizagem, e os seus benefícios já estão a ser sentidos pelos alunos e professores.
A implementação do sistema hidráulico continua a progredir, apesar dos vários desafios técnicos e ao nível das condições climatéricas. A equipa do projeto que este sistema estará completamente operacional na primeira metade de 2025.
Esta tem sido a abordagem integrada da equipa da EWC, centrada em proporcionar os benefícios imediatos possíveis (como o acesso à eletricidade) e trabalhar para os objetivos de implementação mais demorada, mas que vão permitir uma gestão sustentável dos recursos hídricos. Este método de trabalho mostra o empenho da EWC em melhorar a qualidade de vida da comunidade de Narakajmanta, de forma sustentável e duradoura.
O importante trabalho Environmental Women Corporation contribui para a melhoria significativa da qualidade de vida da comunidade Narakajmanta. Apoiar a EWC é participar na defesa e promoção dos direitos humanos. Fique a par do trabalho da organização:
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Environmental Women Corporation - Official Website
A Azimuth World Foundation não angaria fundos para si própria ou para os seus parceiros, nem recebe donativos. O link acima encaminha diretamente para a plataforma de doações da EWC.
Etno-Programa Sustentável de Gestão de Água Para a Comunidade Indígena Narakajmanta, na Colômbia

Crédito: Environmental Women Corporation
Bolsa de 25 000 USD
para implementar um programa sustentável
de gestão dos recursos de água
utilizados pela comunidade indígena Narakajmanta
na Serra Nevada de Santa Marta.
O QUE VAI ENCONTRAR NESTA PÁGINA
Nesta página, partilhamos informação sobre a comunidade servida por este projeto e os desafios específicos que enfrenta. Apresentamos o trabalho da Environmental Women Corporation, a organização indígena que nos orgulhamos de ter apoiado, e descrevemos pormenorizadamente o projeto que desenvolveram com este apoio. Convidamo-lo a explorar este projeto, a tornar-se um aliado e a descobrir formas de apoiar diretamente o trabalho da Environmental Women Corporation.
A COMUNIDADE
A comunidade indígena Narakajmanta vive na Sierra Nevada de Santa Marta, uma área remota e de difícil acesso, localizada no departamento de Magdalena, na Colômbia. Desta comunidade fazem parte cerca de 37.200 habitantes, distribuídos por aproximadamente 3000 famílias. As raízes culturais e espirituais da comunidade Narakajmanta são profundamente marcadas pela relação desta comunidade com a selva, as florestas e os rios de Sierra Nevada de Santa Marta, o que se manifesta nas suas longas tradições de respeito e cuidado para com o meio ambiente onde habitam.
Crédito: Environmental Women Org
Apesar deste património cultural muito rico, e do valioso contributo do seu modo de vida para a preservação do ecossistema amazónico, a comunidade de Narakajmanta não deixa de enfrentar enormes desafios em áreas como a igualdade de género, a luta contra as alterações climáticas e a justiça ambiental.
Igualdade de género: Mulheres e as raparigas representam 52% da população total. É frequente terem de percorrer diariamente distâncias de até 500 metros para acederem a fontes de água, uma situação que eleva o risco de assédio e abuso sexual. Ou seja, a falta de acesso a serviços básicos, como a água potável e a energia, é uma das áreas onde se manifesta a desigualdade de género e que afecta diretamente a vida quotidiana das mulheres Narakajmanta.
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Desafíos Cruciales en la Sierra Nevada de Santa Marta – Narakajmanta
Combate às alterações climáticas: A vulnerabilidade da comunidade de Narakajmanta neste aspecto deve-se à ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, que afectam a segurança alimentar e o acesso à água. A falta de acesso às energias renováveis também leva a um agravamento da desflorestação local, o que por sua vez contribui para o agravamento das alterações climáticas, num ciclo vicioso.
Justiça ambiental: O governo colombiano tem sistematicamente abandonado a implementação de projectos ambientais na região. Apesar da preservação da floresta amazónica ser fulcral para atenuar os impactos das alterações climáticas, e da necessidade vital de conservar a biodiversidade que alberga, a comunidade Narakajmanta não recebido respostas adequadas por parte das autoridades governamentais, no que se refere à implementação deste tipo de projetos.
Crédito: Environmental Women Org
OS DESAFIOS
Este projecto procura responder à grave insegurança hídrica sentida pela comunidade indígena Narakajmanta, na Colômbia.
1. Segurança hídrica
Na comunidade Narakajmanta, o abastecimento de água é inferior a 5 litros por pessoa, por semana. A fonte de água mais próxima fica a 500 metros de distância. Estes valores são substancialmente inferiores às recomendações da OMS, que indicam 50 litros por pessoa, por dia. A falta de água potável de qualidade tem graves implicações para a saúde pública. A prevalência de doenças transmitidas pela água, como a diarreia, a febre tifoide e a hepatite, é substancialmente mais elevada na comunidade de Narakajmanta do que noutras partes da Colômbia, com taxas que excedem a média nacional em 75%. A comunidade carece de infraestruturas essenciais, tais como sistemas de drenagem e bombeamento, redes de distribuição e centros de tratamento de águas. A única água disponível acessível tem de ser recolhida, e implica caminhadas de pelo menos 500 metros.
Crédito: Environmental Women Org
2. Diagnóstico diferencial dos impactos da insegurança hídrica, de acordo com o género, na comunidade indígena de Narakajmanta, na Colômbia
A insegurança hídrica, exacerbada devido às alterações climáticas, é uma ameaça para o bem-estar da comunidade indígena Narakajmanta, apesar da Sierra Nevada de Santa Marta ser classificada pela UNESCO enquanto uma Reserva de Biosfera. Estes impactos e ameaças são diferenciados, de acordo com o género, a idade e o estatuto socioeconómico dos indivíduos da comunidade. Os impactos das alterações climáticas já afectam cerca de 30 rios, ao longo de aproximadamente 9.800 hectares do território Narakajmanta, comprometendo a qualidade e a disponibilidade de água para consumo humano e produção agrícola, bem como a biodiversidade da região.
(i) Entre os 5.000 beneficiários deste projecto, há 2.600 mulheres Narakajmanta. Tradicionalmente, as mulheres da comunidade são responsáveis pela recolha de água e pela agricultura, sofrendo por isso impactos desproporcionais devido à falta de acesso a água. As estatísticas falam por si: as mulheres são responsáveis por recolher 90% da água, e por 40% da produção de alimentos, a nível local. Fenómenos climáticos extremos, como secas e inundações, aumentam em 30% o tempo despendido a recolher água, o que limita a participação das mulheres noutras actividades educativas, económicas e sociais. Além disso, a exposição a substâncias químicas tóxicas, como o mercúrio e o chumbo, aumentou 25% nos últimos 3 anos, devido à crescente extração ilegal de ouro nas fontes de água mais próximas, uma situação que pode desencadear epidemias de doenças neurológicas crónicas. Além disso, pelo menos 60% das mulheres afirmam ter sido vítimas de assédio ou abuso sexual, durante as longas caminhadas que têm de fazer para recolher água.
Crédito: Environmental Women Org
(ii) Entre os beneficiários do projecto contam-se também 2.300 homens Narakajmanta. A população masculina também sofre impactos devido à situação descrita em cima, apesar de os homens terem mais facilidade no acesso a recursos. Um dos maiores impactos prende-se com a pesca. Devido às alterações climáticas, especificamente nos ecossistemas aquáticos, os rendimentos da comunidade com esta actividade diminuíram 20% nos últimos 5 anos, o que é dramático, tendo em conta que a pesca representa 40% do rendimento total dos Narakajmanta. Apesar disso, o maior acesso a recursos e a oportunidades mais diversas de trabalho, leva a uma maior resiliência da população masculina.
(iii) O projecto chega até 1350 indivíduos com menos de 18 anos. Entre estes, as raparigas de Narakajmanta enfrentam desafios muito particulares. Não só são responsáveis pela recolha de água, como também são mais vulneráveis à violência e ao abuso sexual durante a realização desta actividade. Os relatos deste tipo de incidentes tende a aumentar cerca de 15% quando se atravessam períodos de fenómenos meteorológicos extremos. Além disso, estima-se que a recolha de água tenha reduzido em 66% a taxa de escolarização das raparigas Narakajmanta.
(iv) Entre a população mais jovem, também os rapazes Narakajmanta sofrem os impactos das alterações climáticas, em particular no que se refere à segurança alimentar. Com o declínio da pesca e da agricultura devido à insegurança hídrica, a taxa de subnutrição infantil aumentou 42% nos últimos três anos, uma situação que foi agravada pelos impactos da pandemia de COVID-19.
(v) O projecto pretende também chegar a outros grupos-alvo, tais como as mulheres idosas da comunidade, ou um grupo de cerca de 100 indivíduos LGBTI. Ambos estes grupos são vítimas de discriminação na comunidade, que é exacerbada num contexto de insegurança hídrica. O acesso destes grupos vulneráveis a recursos vitais torna-se ainda mais limitado. Apesar das mulheres idosas possuírem importantes conhecimentos tradicionais para a gestão da água, não têm voz nem voto na comunidade. Já o estigma enfrentado pelos indivíduos LGBTI é de tal forma acentuado, que acabam por ser os últimos membros da comunidade a conseguirem aceder a recursos hídricos.
Crédito: Environmental Women Org
(vi) O estatuto socioeconómico é também um factor de enorme relevo. 90% da comunidade é constituída por famílias indígenas com rendimentos abaixo do limiar de pobreza. Este grupo está substancialmente mais exposto aos impactos negativos das alterações climáticas, que incluem inundações, deslizamentos de terras, insegurança hídrica e doenças gastrointestinais. Houve, por isso, um grande interesse neste projecto por parte do Conselho Indígena de Narakajmanta. As chefias locais, da comunidade, têm sido chamadas a participar desde o início num processo de consulta e planeamento, e o projecto só avançou após o seu consentimento informado. Reconheceram de imediato que o programa respondia a necessidades críticas no seio da comunidade, resultantes da falta de acesso a água potável. A abordagem ao tema da desigualdade de género também foi altamente valorizada pelo Conselho, que destacou as melhorias na segurança e no bem-estar das mulheres e raparigas Narakajmanta, principais responsáveis pela recolha de água na comunidade.
A ORGANIZAÇÃO PARCEIRA
Environmental Women Corporation
A Environmental Women Corporation (EWC) é uma organização fundada em 2009, focada em enfrentar alguns dos desafios planetários mais urgentes, como as alterações climáticas, a preservação da biodiversidade e a justiça ambiental. Com mais de uma década de experiência na frente de luta por um futuro sustentável, a EWC tem demonstrado um empenho inabalável na proteção do meio ambiente e na promoção da igualdade de género em todas as suas actividades.
(i) História e missão:
A história da EWC começa quando um grupo de mulheres empenhadas e determinadas se une em torno de uma visão: criar um mundo mais sustentável e equitativo para as gerações futuras. Desde a sua criação, a organização tem trabalhado incansavelmente para enfrentar as ameaças das alterações climáticas e da perda de biodiversidade, promovendo simultaneamente a igualdade de género no que se refere a questões ligadas ao ambientalismo.
Crédito: Environmental Women Org
(ii) Principais actividades:
– Luta contra as alterações climáticas: A EWC lidera projectos de mitigação e adaptação às alterações climáticas, em áreas como as energias renováveis, a eficiência energética e a sensibilização do público para a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
– Preservação da biodiversidade: A organização dedica-se à proteção da biodiversidade e dos ecossistemas terrestres. Trabalha na conservação de ecossistemas críticos, na promoção de práticas agrícolas sustentáveis e na recuperação de ecossistemas degradados.
– Justiça ambiental: Através dos seus projectos e trabalho de sensibilização, a EWC procura garantir que todas as comunidades, independentemente da sua localização ou estatuto socioeconómico, têm acesso a um meio ambiente saudável e seguro. Por isso, a organização está empenhada em defender políticas e práticas que reduzam as desigualdades em áreas ligadas ao meio ambiente.
Crédito: Environmental Women Org
(iii) Relação com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
O trabalho da EWC está profundamente alinhado com vários Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, tal como foram estabelecidos pelas Nações Unidas:
– Igualdade de género (ODS 5): A igualdade de género é um pilar central da missão da EWC. A organização trabalha na capacitação de mulheres e raparigas, promove a sua participação ativa na tomada de decisões ligadas ao meio ambiente e procura garantir a igualdade de acesso a oportunidades em todos os aspectos do seu trabalho.
– Energias renováveis (ODS 7): A EWC está empenhada em promover o uso de fontes de energia sustentáveis. Com os projectos desenvolvidos em torno da energia solar e eólica, a organização procura contribuir para redução das emissões de carbono.
– Proteger a vida terrestre (ODS 15): A conservação da biodiversidade e a restauração dos ecossistemas terrestres são áreas de foco centrais para a EWC. A organização colabora de forma muito próxima com comunidades e governos locais, no sentido de proteger paisagens naturais e restaurar ecossistemas degradados.
– Acção climática (ODS 13): O combate às alterações climáticas é uma das prioridades da EWC. Tanto os seus projectos na área das energias renováveis, como as suas iniciativas de sensibilização, estão alinhados com o objetivo de reduzir a pegada de carbono global.
Crédito: Environmental Women Org
(iv) Impacto mensurável
Mais de dez anos de actividade mostram que o trabalho da EWC tem tido um impacto significativo:
– A organização participou em mais de 100 projectos ligados à utilização de energias renováveis, que em conjunto representam mais de 2 milhões de toneladas de CO2 que não foram emitidas.
– Participou na conservação de mais de 500.000 hectares de ecossistemas críticos.
– Capacitou mais de 5.000 mulheres e raparigas para a liderança de iniciativas ambientais.
A EWC continua a ser um foco de esperança na luta por um futuro sustentável. O seu empenho em áreas como a igualdade de género, as energias renováveis, a conservação da biodiversidade e a justiça ambiental, confere à organização uma posição única de liderança, através da qual quer continuar a contribuir para a transição em direção a um mundo mais verde e mais equitativo para todos.
O PROJETO
Etno-Programa Sustentável de Gestão de Água Para a Comunidade Indígena Narakajmanta, na Colômbia
O plano de implementação do projecto dividiu-se por uma série de etapas, concebidas para atingir objectivos específicos e maximizar a eficiência da execução. A duração total do projecto foi de 12 meses, e envolveu 8 profissionais e 50 voluntários, que realizaram um leque diversificado de actividades simultâneas.
Fase 1: Preparação (Meses 1 e 2)
Para esta fase estavam previstas avaliações topográficas e solares, necessárias para determinar a localização ideal dos 10 painéis solares de 450W. Estavam também previstas avaliações detalhadas da fonte de água, e subsequente planeamento do sistema de tubagens para a distribuição da mesma. Foi criado um comité técnico para a questão da distribuição de água, composto por 10 jovens da comunidade de Narakajmanta. Foi também concebido um plano de formação para os membros deste comité.
Fase 2: Implementação (Meses 3 a 10)
Fase em que foram realizadas as principais actividades do projecto, e que incluiu a instalação de painéis solares em locais estratégicos da comunidade de Narakajmanta. Foram contratados engenheiros especializados em energia solar, responsáveis pela instalação dos painéis segundo as normas da ASTM, e foram realizados testes em cada local, para garantir a geração de pelo menos 4,5kW de energia. Em simultâneo, foi planeada em maior detalhe a instalação da bomba hidráulica alimentada por energia solar. Em particular, foi desenvolvido trabalho relacionado com a estrutura deste equipamento e com os sistemas de bombeamento e tubagem, garantindo a conformidade com as normas da ASME. Foram também planeados testes de caudal e de pressão para otimizar o desempenho do sistema. Simultaneamente, foi desenhada a rede de distribuição de água, baseada em 10 locais estratégicos, recorrendo a ferramentas de software GIS e ao AutoCAD, e segundo as normas da ANSI/AWWA e da OSHA. Ficou prevista a instalação de válvulas de controlo de caudal e sensores de qualidade da água para cada um dos pontos estratégicos.
Crédito: Environmental Women Org
Fase 3: Formação e fortalecimento da comunidade (meses 6 a 10)
Para esta fase planeou-se a formação de 300 jovens indígenas, focada no funcionamento e manutenção dos sistema de abastecimento de água e de energia solar. Para este plano de formação foram concebidos módulos teóricos e práticos, e estabelecidas métricas específicas para avaliar a eficácia do mesmo, tais como o tempo de resolução de problemas e a interpretação de dados recolhidos pelos sensores. O comité para a distribuição de água recebeu formação técnica e de gestão, no sentido de assegurar o funcionamento do sistema a longo prazo.
Fase 4: Monitorização e avaliação (meses 10 a 12)
Para a fase final, planeou-se uma monitorização contínua do funcionamento dos sistemas de abastecimento de água e de energia solar. Esta monitorização inclui avaliar o desempenho dos painéis solares e da bomba hidráulica, e recolher dados sobre a qualidade da água distribuída. O comité técnico desempenha um papel central neste acompanhamento e na gestão dos problemas que vão surgindo. Nesta fase estão também incluídos inquéritos e entrevistas realizados na comunidade de Narakajmanta, para medir o impacto do programa em termos de segurança hídrica e energética, de capacitação das mulheres e dos jovens e da melhoria da qualidade de vida.
Crédito: Environmental Women Org
Planos de desembolso e aquisição:
O uso dos fundos foi feito de acordo com a execução das principais etapas do projecto, garantindo que cada actividade tinha os recursos necessários disponíveis. Relativamente ao plano de aquisições, este incluiu a compra dos painéis solares, da bomba hidráulica e dos materiais para a instalação da rede de distribuição de água. Foram estabelecidas parcerias com fornecedores locais, procurando garantir a qualidade e a disponibilidade dos equipamentos e materiais necessários. O plano de execução do projecto procurou definir uma sequência lógica de etapas e actividades, tirar partido dos recursos humanos disponíveis e garantir o seguimento de normas técnicas rigorosas. Sempre que possível procurou-se maximizar a eficiência do projecto, realizando várias actividades em simultâneo. A monitorização e a avaliação são centrais ao projecto, uma vez que o sucesso do mesmo implica não só a qualidade da execução, como a sustentável do impactos benéficos na comunidade indígena de Narakajmanta.
Quando o projecto começava a ser implementado, tivemos a oportunidade de conversar com Nadia Rodriguez, membro da equipa da EWC. Veja a entrevista que gravámos para a nossa rubrica Voices From the Ground, em baixo (legendas em inglês e português disponíveis a partir das definições do vídeo no Youtube). Pode também encontrar uma transcrição da entrevista, em inglês e em português, aqui.
Os impactos já se fazem sentir. 20 destes painéis estão agora a fornecer eletricidade a 60 casas na comunidade. Quanto aos outros 4 painéis, foram instalados junto à escola indígena de Narakajmanta. As melhorias na iluminação e ventilação da escola tiveram um impacto muito significativo nas condições de aprendizagem, e os seus benefícios já estão a ser sentidos pelos alunos e professores.
A implementação do sistema hidráulico continua a progredir, apesar dos vários desafios técnicos e ao nível das condições climatéricas. A equipa do projeto que este sistema estará completamente operacional na primeira metade de 2025.
Esta tem sido a abordagem integrada da equipa da EWC, centrada em proporcionar os benefícios imediatos possíveis (como o acesso à eletricidade) e trabalhar para os objetivos de implementação mais demorada, mas que vão permitir uma gestão sustentável dos recursos hídricos. Este método de trabalho mostra o empenho da EWC em melhorar a qualidade de vida da comunidade de Narakajmanta, de forma sustentável e duradoura.
O importante trabalho Environmental Women Corporation contribui para a melhoria significativa da qualidade de vida da comunidade Narakajmanta. Apoiar a EWC é participar na defesa e promoção dos direitos humanos. Fique a par do trabalho da organização:
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