Fundación Sobrevivencia Cofán
Proteger a Soberania Indígena Através da Defesa Territorial e do Conhecimento Tradicional
sobre a FSC
Sobre a Fundación Sobrevivencia Cofán
Os Cofán defendem a sua terra natal amazónica há mais de 500 anos. Antes da conquista espanhola, resistiram às invasões incas. Hoje, enfrentam novas ameaças: a mineração ilegal de ouro contamina rios com mercúrio, a extracção petrolífera envenena fauna e flora e madeireiros ilegais derrubam árvores milenares. Contudo, a Nação Cofán persiste e mantém viva a sua língua A’ingae que encerra conhecimento ecológico acumulado ao longo de gerações.
Fundada em 1999, a Fundação Sobrevivência Cofán emergiu desta resistência. Sob a liderança resistente de Randy Borman (nascido de pais missionários mas criado pela comunidade Cofán), a FSC foi pioneira na conservação liderada pela comunidade na Amazónia equatoriana. Hoje, Felipe Borman, o seu filho mais velho, continua este legado, liderando uma organização que provou que a gestão comunitária é mais eficaz na protecção da biodiversidade do que as abordagens convencionais de conservação.
A FSC desenvolve quatro programas interligados que fortalecem a soberania Cofán. O Programa de Guardas Florestais Cofán forma membros da comunidade para patrulhar e proteger as fronteiras territoriais, conduzir operações anti-mineração e manter trilhos que atravessam vastas áreas florestais. O Programa de Ensino Superior apoia estudantes Cofán em Quito com alojamento e a oportunidade de frequentar o ensino superior sem quebrar o vínculo cultural. O seu Programa de Saúde assegura o acesso da comunidade a cuidados de saúde e permite preservar conhecimento de cura tradicionais que se aliam a práticas médicas contemporâneas. Mais recentemente, o Programa do Jardim Salva-Vidas vem reforçar a preservação dos conhecimentos tradicionais sobre plantas ameaçados pelas alterações climáticas e transformações sociais.
Cada um destes programas reflecte a compreensão de que para a FSC a sobrevivência cultural e a protecção ambiental são inseparáveis. Os Cofán protegem as suas florestas porque são Cofán — e continuam a ser Cofán porque as suas florestas se mantêm de pé.
A nossa parceria
A nossa parceria
Uma Parceria Baseada na Justiça Territorial
A nossa parceria com a FSC começou em 2022, quando os nossos fundadores souberam do trabalho da Fundação através do Field Museum. A Azimuth apoio o “Controlo, Gestão e Protecção da Reserva Ecológica Cofán-Bermejo” pouco depois de conhecer os desafios que enfrentavam para proteger o seu território, apesar da eficácia que demonstravam em comparação com o trabalho do governo. Este apoio permitiu à FSC re-mobilizar os guardas florestais Cofán, limpar trilhos de fronteira e estabelecer uma presença forte em áreas ameaçadas pela mineração ilegal. Apesar do reconhecimento legal dos direitos territoriais Cofán em 2001, o sistema administrativo paralelo do governo equatoriano excluía a participação Cofán, permitindo que mineiros e outros grupos extractivos operassem com impunidade.
Os resultados foram imediatos e tangíveis. Guardas florestais treinados das comunidades de Chandia Na’e e Avié limparam trilhos de fronteira negligenciados, confrontaram mineiros ilegais e demonstraram que a gestão Cofán podia ser bem sucedida onde a gestão governamental falhava. Em Novembro de 2022, Felipe Borman deu conta de progressos significativos: 17 membros da comunidade tinham terminado formação intensiva em logística, direito ambiental e primeiros-socorros, e depois limpo os trilhos de fronteira que
dizem categoricamente aos mineiros ilegais que o povo Cofán está ali, a ver, e empenhado em parar a violência e contaminação.
Em 2023, a Azimuth deu continuidade a este apoio, agora para desenvolver a “Recuperação dos Territórios Cofán na Região Bermejo do Equador“. Este financiamento permitiu à FSC expandir patrulhas, abordar e articular o trabalho com instituições do governo, e desenvolver planos de gestão abrangentes que incluem a participação Cofán e simultaneamente asseguram financiamento sustentável. O projecto estabeleceu o objectivo da FSC de recuperar o controlo total sobre a Reserva Ecológica Cofán-Bermejo, criando simultaneamente novos modelos de gestão por comunidades indígenas de áreas protegidas em todo o Equador.
Em 2025, a morte de Randy Borman marcou o fim de uma era, mas também revelou a força da liderança que Randy cultivou ao longo de décadas. Felipe Borman avançou com determinação e perspectivas inovadoras, e assegurou o apoio renovado da Azimuth à FSC — o nosso compromisso no apoio a duas iniciativas críticas que reflectem a evolução da FSC durante este período de transição.
A primeira iniciativa concentra-se em melhorar a sede da FSC em Quito, que se tornou cada vez mais importante pois há cada vez mais famílias Cofán a participar no programa de ensino superior e a procurar cuidados médicos na capital. O edifício serve actualmente seis famílias Cofán e ao mesmo tempo como sede para actividades de protecção territorial. A melhoria vai permitir instalar um telhado no terraço existente para criar espaço coberto para aulas e actividades, e construir uma pequena área de armazenamento para libertar espaço existente. Estas renovações vão servir melhor o crescente número de pessoas Cofán que usam o espaço, em particular os mais de 40 guardas florestais que que ali vão receber formação.
A segunda iniciativa vai permitir terminar o Centro de Visitantes do Jardim Salva-Vidas em Loreto, um projecto que surgiu a partir do proje de Transmissão Cultural da FSC. O Jardim Salva-Vidas aborda a perda de conhecimento etno-botânico que ocorre à medida que algumas plantas desaparecem devido às alterações climáticas e consequentes inundações prolongadas e secas, e às mudanças sociais inerentes à ocidentalização e urbanização. Amelia Quenamá trouxe mais de 60 plantas diferentes usadas na tradição Cofán para esta localização no sopé dos Andes, onde o clima mais fresco e o risco reduzido de inundações ajudam a assegurar a sua sobrevivência. A conclusão do centro de visitantes vai incluir a instalação de energia solar para fornecer electricidade à instalação. Quando estiver terminado, a FSC planeia fazer oficinas com mulheres Cofán de diferentes comunidades para analisar as plantas presentes no jardim e planear como tornar a colecção mais completa e útil. O centro vai apoiar o trabalho contínuo de catalogar estas plantas — documentando os seus usos, métodos de preparação, nomes, significado para os Cofán e locais de origem — para uma pequena enciclopédia que poderá ser usada pelos Cofán e não-Cofán.
IMPACTO
Impacto
Com a sua gestão comunitária, o trabalho de defesa territorial da FSC alcançou resultados de conservação sem precedentes. Entre 2000 e 2010, a organização assegurou direitos legais sobre aproximadamente 430.000 hectares (cerca de 1 milhão de acres) de floresta amazónica. Durante a sua primeira década de controlo legal, a FSC alcançou zero desflorestação em todo este território. No mesmo período, o Ministério do Ambiente do Equador perdeu aproximadamente 15% das áreas sob o seu controlo, demonstrando a eficácia superior da gestão indígena.
Esta protecção foi alcançada com uma eficiência extraordinária — aproximadamente 40 cêntimos por hectare por ano, o que Randy Borman chamou “uma das maiores pechinchas do mundo“. Comparado com áreas desflorestadas, esta floresta intacta gerou benefícios económicos mensuráveis (além da conservação) — os 430.000 hectares protegidos permitiram reduzir os danos climáticos e consequentes prejuízos de vários milhões de dólares.
Em 2003, a FSC obteve uma vitória legal crítica quando o governo do Equador reconheceu os Guardas Florestais Comunitários Cofán como entidades oficiais com os mesmos direitos e responsabilidades que os guardas florestais de parques nacionais. Este mandato estabeleceu precedente legal para a gestão territorial indígena e simultaneamente gerou oportunidades de emprego para membros da comunidade que já tinham conhecimentos profundos da floresta que guardas externos precisariam de anos para aprender.
A eficácia do programa de guardas florestais atraiu interesse de outros grupos indígenas. Comunidades Secoya, Kichwa, Chachi e Campesino participaram nos cursos de formação da FSC e procuraram implementar programas similares nos seus próprios territórios. Contudo, estas iniciativas estagnaram devido à falta de financiamento externo, apesar da clara procura comunitária e eficácia comprovada.
O trabalho da FSC desafia pressupostos fundamentais sobre conservação e desenvolvimento. Randy Borman sublinhou várias vezes este aspecto:
É mesmo crucial ultrapassar o estereótipo de que estamos apenas a ajudar alguns índios a preservar a sua cultura no meio do nada.
Os esforços de protecção territorial da organização servem interesses ambientais globais:
isto não é uma prioridade só para nós como povo nem só para nós como fundação — é uma prioridade para o mundo.
O trabalho de defesa territorial da FSC opera numa escala significativa relativamente ao tamanho da comunidade. A Nação Cofán inclui aproximadamente 1.200 pessoas, tornando a sua protecção de 430.000 hectares uma conquista notável. Só a Reserva Cofán-Bermejo abrange 55.000 hectares, e comunidades como Chandia Na’e e Avié mais pequenas, mostram como pequenas comunidades indígenas conseguem gerir eficazmente vastos territórios quando têm apoio apropriado e reconhecimento legal.
Os esforços recentes de protecção territorial demonstram tanto a eficácia continuada da FSC como os desafios persistentes. Em Novembro de 2022, 17 membros da comunidade de Chandia Na’e e Avié completaram treino intensivo e limparam com trilhos fronteiriços, restabelecendo a presença Cofán após a interrupção do programa de guardas florestais em 2012-2013. Em 2024, a FSC destacou equipas que limparam 30 quilómetros de trilhos fronteiriços no território do Rio Cofanes, confrontaram mineiros ilegais, descobriram invasores e documentaram ameaças contínuas incluindo exploração madeireira ilegal e actividade de grupos armados.
O Jardim Salva-Vidas, liderado pela anciã Cofán Amelia Quenama, estabeleceu mais de 60 espécies de plantas tradicionais em Loreto para abordar os impactos das alterações climáticas nos sistemas de conhecimento cultural.
Os investimentos em infraestrutura da FSC apoiam directamente as capacidades de defesa territorial. A sede da organização em Quito aloja seis famílias Cofán que participam no projecto de ensino superior e serve também como sede de treino para mais de 40 guardas florestais, mostrando como as organizações indígenas conseguem construir capacidade institucional que serve múltiplas necessidades comunitárias enquanto fortalece a soberania.
Através da presença territorial sustentada e pressão legal, a FSC provou que a gestão indígena protege a biodiversidade de forma mais eficaz do que abordagens convencionais, simultaneamente fornecendo serviços ambientais essenciais para benefício global. O seu trabalho prova que a soberania territorial e a protecção ambiental se fortalecem mutuamente quando os povos indígenas controlam as suas terras ancestrais.
Do Terreno
Notícias do terreno
Novidades sobre iniciativas, projectos e colaborações.
Apoia
View this post on Instagram
Apoia
Podes apoiar directamente o trabalho crucial da FSC de protecção de terras ancestrais e preservação de conhecimento insubstituível.
Visita a página cofan.org/support-the-cause
O trabalho dos Cofán serve interesses globais. Como Randy Borman enfatizou:
The Cofán’s work serves global interests. As Randy Borman emphasized,
a razão pela qual precisamos daqueles 4000 km2 não é para as necessidades alimentares imediatas da nação Cofán. É pelos serviços ambientais que isto presta a todo o mundo.
O seu historial prova que a gestão indígena funciona: 430.000 hectares protegidos com zero desflorestação a 40 cêntimos (USD) por hectare por ano, enquanto as áreas geridas pelo governo perderam 15% do seu território durante o mesmo período.
Apoiar a FSC significa investir num modelo de conservação com provas dadas que protege um dos ecossistemas mais críticos da Terra. Os guardas florestais que limpam trilhos fronteiriços, as mulheres que preservam plantas tradicionais, os estudantes que mantêm ligações culturais — cada um representa esperança para a preservação ambiental e cultural em todo o mundo.
Como Randy Borman afirmou, este trabalho representa “uma prioridade para o mundo”. Apoia a liderança dos Cofán na defesa da Amazónia para as gerações futuras.
— Junte-se à rede da FSC —
Fundación Sobrevivencia Cofán
Proteger a Soberania Indígena Através da Defesa Territorial e do Conhecimento Tradicional
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Sobre a Fundación Sobrevivencia Cofán
Os Cofán defendem a sua terra natal amazónica há mais de 500 anos. Antes da conquista espanhola, resistiram às invasões incas. Hoje, enfrentam novas ameaças: a mineração ilegal de ouro contamina rios com mercúrio, a extracção petrolífera envenena fauna e flora e madeireiros ilegais derrubam árvores milenares. Contudo, a Nação Cofán persiste e mantém viva a sua língua A’ingae que encerra conhecimento ecológico acumulado ao longo de gerações.
Fundada em 1999, a Fundação Sobrevivência Cofán emergiu desta resistência. Sob a liderança resistente de Randy Borman (nascido de pais missionários mas criado pela comunidade Cofán), a FSC foi pioneira na conservação liderada pela comunidade na Amazónia equatoriana. Hoje, Felipe Borman, o seu filho mais velho, continua este legado, liderando uma organização que provou que a gestão comunitária é mais eficaz na protecção da biodiversidade do que as abordagens convencionais de conservação.
A FSC desenvolve quatro programas interligados que fortalecem a soberania Cofán. O Programa de Guardas Florestais Cofán forma membros da comunidade para patrulhar e proteger as fronteiras territoriais, conduzir operações anti-mineração e manter trilhos que atravessam vastas áreas florestais. O Programa de Ensino Superior apoia estudantes Cofán em Quito com alojamento e a oportunidade de frequentar o ensino superior sem quebrar o vínculo cultural. O seu Programa de Saúde assegura o acesso da comunidade a cuidados de saúde e permite preservar conhecimento de cura tradicionais que se aliam a práticas médicas contemporâneas. Mais recentemente, o Programa do Jardim Salva-Vidas vem reforçar a preservação dos conhecimentos tradicionais sobre plantas ameaçados pelas alterações climáticas e transformações sociais.
Cada um destes programas reflecte a compreensão de que para a FSC a sobrevivência cultural e a protecção ambiental são inseparáveis. Os Cofán protegem as suas florestas porque são Cofán — e continuam a ser Cofán porque as suas florestas se mantêm de pé.
A nossa parceria
A nossa parceria
Uma Parceria Baseada na Justiça Territorial
A nossa parceria com a FSC começou em 2022, quando os nossos fundadores souberam do trabalho da Fundação através do Field Museum. A Azimuth apoio o “Controlo, Gestão e Protecção da Reserva Ecológica Cofán-Bermejo” pouco depois de conhecer os desafios que enfrentavam para proteger o seu território, apesar da eficácia que demonstravam em comparação com o trabalho do governo. Este apoio permitiu à FSC re-mobilizar os guardas florestais Cofán, limpar trilhos de fronteira e estabelecer uma presença forte em áreas ameaçadas pela mineração ilegal. Apesar do reconhecimento legal dos direitos territoriais Cofán em 2001, o sistema administrativo paralelo do governo equatoriano excluía a participação Cofán, permitindo que mineiros e outros grupos extractivos operassem com impunidade.
Os resultados foram imediatos e tangíveis. Guardas florestais treinados das comunidades de Chandia Na’e e Avié limparam trilhos de fronteira negligenciados, confrontaram mineiros ilegais e demonstraram que a gestão Cofán podia ser bem sucedida onde a gestão governamental falhava. Em Novembro de 2022, Felipe Borman deu conta de progressos significativos: 17 membros da comunidade tinham terminado formação intensiva em logística, direito ambiental e primeiros-socorros, e depois limpo os trilhos de fronteira que
dizem categoricamente aos mineiros ilegais que o povo Cofán está ali, a ver, e empenhado em parar a violência e contaminação.
Em 2023, a Azimuth deu continuidade a este apoio, agora para desenvolver a “Recuperação dos Territórios Cofán na Região Bermejo do Equador“. Este financiamento permitiu à FSC expandir patrulhas, abordar e articular o trabalho com instituições do governo, e desenvolver planos de gestão abrangentes que incluem a participação Cofán e simultaneamente asseguram financiamento sustentável. O projecto estabeleceu o objectivo da FSC de recuperar o controlo total sobre a Reserva Ecológica Cofán-Bermejo, criando simultaneamente novos modelos de gestão por comunidades indígenas de áreas protegidas em todo o Equador.
Em 2025, a morte de Randy Borman marcou o fim de uma era, mas também revelou a força da liderança que Randy cultivou ao longo de décadas. Felipe Borman avançou com determinação e perspectivas inovadoras, e assegurou o apoio renovado da Azimuth à FSC — o nosso compromisso no apoio a duas iniciativas críticas que reflectem a evolução da FSC durante este período de transição.
A primeira iniciativa concentra-se em melhorar a sede da FSC em Quito, que se tornou cada vez mais importante pois há cada vez mais famílias Cofán a participar no programa de ensino superior e a procurar cuidados médicos na capital. O edifício serve actualmente seis famílias Cofán e ao mesmo tempo como sede para actividades de protecção territorial. A melhoria vai permitir instalar um telhado no terraço existente para criar espaço coberto para aulas e actividades, e construir uma pequena área de armazenamento para libertar espaço existente. Estas renovações vão servir melhor o crescente número de pessoas Cofán que usam o espaço, em particular os mais de 40 guardas florestais que que ali vão receber formação.
A segunda iniciativa vai permitir terminar o Centro de Visitantes do Jardim Salva-Vidas em Loreto, um projecto que surgiu a partir do proje de Transmissão Cultural da FSC. O Jardim Salva-Vidas aborda a perda de conhecimento etno-botânico que ocorre à medida que algumas plantas desaparecem devido às alterações climáticas e consequentes inundações prolongadas e secas, e às mudanças sociais inerentes à ocidentalização e urbanização. Amelia Quenamá trouxe mais de 60 plantas diferentes usadas na tradição Cofán para esta localização no sopé dos Andes, onde o clima mais fresco e o risco reduzido de inundações ajudam a assegurar a sua sobrevivência. A conclusão do centro de visitantes vai incluir a instalação de energia solar para fornecer electricidade à instalação. Quando estiver terminado, a FSC planeia fazer oficinas com mulheres Cofán de diferentes comunidades para analisar as plantas presentes no jardim e planear como tornar a colecção mais completa e útil. O centro vai apoiar o trabalho contínuo de catalogar estas plantas — documentando os seus usos, métodos de preparação, nomes, significado para os Cofán e locais de origem — para uma pequena enciclopédia que poderá ser usada pelos Cofán e não-Cofán.
IMPACTO
Impacto
Com a sua gestão comunitária, o trabalho de defesa territorial da FSC alcançou resultados de conservação sem precedentes. Entre 2000 e 2010, a organização assegurou direitos legais sobre aproximadamente 430.000 hectares (cerca de 1 milhão de acres) de floresta amazónica. Durante a sua primeira década de controlo legal, a FSC alcançou zero desflorestação em todo este território. No mesmo período, o Ministério do Ambiente do Equador perdeu aproximadamente 15% das áreas sob o seu controlo, demonstrando a eficácia superior da gestão indígena.
Esta protecção foi alcançada com uma eficiência extraordinária — aproximadamente 40 cêntimos por hectare por ano, o que Randy Borman chamou “uma das maiores pechinchas do mundo“. Comparado com áreas desflorestadas, esta floresta intacta gerou benefícios económicos mensuráveis (além da conservação) — os 430.000 hectares protegidos permitiram reduzir os danos climáticos e consequentes prejuízos de vários milhões de dólares.
Em 2003, a FSC obteve uma vitória legal crítica quando o governo do Equador reconheceu os Guardas Florestais Comunitários Cofán como entidades oficiais com os mesmos direitos e responsabilidades que os guardas florestais de parques nacionais. Este mandato estabeleceu precedente legal para a gestão territorial indígena e simultaneamente gerou oportunidades de emprego para membros da comunidade que já tinham conhecimentos profundos da floresta que guardas externos precisariam de anos para aprender.
A eficácia do programa de guardas florestais atraiu interesse de outros grupos indígenas. Comunidades Secoya, Kichwa, Chachi e Campesino participaram nos cursos de formação da FSC e procuraram implementar programas similares nos seus próprios territórios. Contudo, estas iniciativas estagnaram devido à falta de financiamento externo, apesar da clara procura comunitária e eficácia comprovada.
O trabalho da FSC desafia pressupostos fundamentais sobre conservação e desenvolvimento. Randy Borman sublinhou várias vezes este aspecto:
É mesmo crucial ultrapassar o estereótipo de que estamos apenas a ajudar alguns índios a preservar a sua cultura no meio do nada.
Os esforços de protecção territorial da organização servem interesses ambientais globais:
isto não é uma prioridade só para nós como povo nem só para nós como fundação — é uma prioridade para o mundo.
O trabalho de defesa territorial da FSC opera numa escala significativa relativamente ao tamanho da comunidade. A Nação Cofán inclui aproximadamente 1.200 pessoas, tornando a sua protecção de 430.000 hectares uma conquista notável. Só a Reserva Cofán-Bermejo abrange 55.000 hectares, e comunidades como Chandia Na’e e Avié mais pequenas, mostram como pequenas comunidades indígenas conseguem gerir eficazmente vastos territórios quando têm apoio apropriado e reconhecimento legal.
Os esforços recentes de protecção territorial demonstram tanto a eficácia continuada da FSC como os desafios persistentes. Em Novembro de 2022, 17 membros da comunidade de Chandia Na’e e Avié completaram treino intensivo e limparam com trilhos fronteiriços, restabelecendo a presença Cofán após a interrupção do programa de guardas florestais em 2012-2013. Em 2024, a FSC destacou equipas que limparam 30 quilómetros de trilhos fronteiriços no território do Rio Cofanes, confrontaram mineiros ilegais, descobriram invasores e documentaram ameaças contínuas incluindo exploração madeireira ilegal e actividade de grupos armados.
O Jardim Salva-Vidas, liderado pela anciã Cofán Amelia Quenama, estabeleceu mais de 60 espécies de plantas tradicionais em Loreto para abordar os impactos das alterações climáticas nos sistemas de conhecimento cultural.
Os investimentos em infraestrutura da FSC apoiam directamente as capacidades de defesa territorial. A sede da organização em Quito aloja seis famílias Cofán que participam no projecto de ensino superior e serve também como sede de treino para mais de 40 guardas florestais, mostrando como as organizações indígenas conseguem construir capacidade institucional que serve múltiplas necessidades comunitárias enquanto fortalece a soberania.
Através da presença territorial sustentada e pressão legal, a FSC provou que a gestão indígena protege a biodiversidade de forma mais eficaz do que abordagens convencionais, simultaneamente fornecendo serviços ambientais essenciais para benefício global. O seu trabalho prova que a soberania territorial e a protecção ambiental se fortalecem mutuamente quando os povos indígenas controlam as suas terras ancestrais.
Do Terreno
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O trabalho dos Cofán serve interesses globais. Como Randy Borman enfatizou:
The Cofán’s work serves global interests. As Randy Borman emphasized,
a razão pela qual precisamos daqueles 4000 km2 não é para as necessidades alimentares imediatas da nação Cofán. É pelos serviços ambientais que isto presta a todo o mundo.
O seu historial prova que a gestão indígena funciona: 430.000 hectares protegidos com zero desflorestação a 40 cêntimos (USD) por hectare por ano, enquanto as áreas geridas pelo governo perderam 15% do seu território durante o mesmo período.
Apoiar a FSC significa investir num modelo de conservação com provas dadas que protege um dos ecossistemas mais críticos da Terra. Os guardas florestais que limpam trilhos fronteiriços, as mulheres que preservam plantas tradicionais, os estudantes que mantêm ligações culturais — cada um representa esperança para a preservação ambiental e cultural em todo o mundo.
Como Randy Borman afirmou, este trabalho representa “uma prioridade para o mundo”. Apoia a liderança dos Cofán na defesa da Amazónia para as gerações futuras.
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