A Azimuth juntou-se ao Open Weekend da Papa Léguas para Defender o Turismo Ético

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Crédito: Papa Léguas

Fomos até Vendas Novas, em fevereiro de 2024, para participar neste encontro muito especial que reuniu viajantes, jornalistas, académicos e ativistas para celebrar 25 anos da Papa Léguas e discutir importantes questões em torno da actual indústria do turismo.

Com a apresentação «Turismo ético: 5 perguntas fundamentais», procurámos explorar o impacto da indústria do turismo nas comunidades indígenas, a nível global.

Partindo do nosso trabalho com organizações de base indígenas, discutimos como projetos de conservação e turismo podem ter consequências devastadoras para os povos indígenas, quando implementados sem os procedimentos adequados de Consentimento Livre, Prévio e Informado.

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Crédito: Papa Léguas

Como ultrapassar uma visão superficial dos impactos do turismo

Durante a palestra, lançámos um desafio: tentemos ver para lá das narrativas que tradicionalmente são mobilizadas para descrever os projectos de turismo.

Neste sentido, achámos pertinente trazer exemplos concretos, experiências relatadas pelas comunidades com as quais trabalhamos, tais como os Batwa e os Endorois.

Exemplos que ilustram um padrão preocupante: apesar de os maiores índices de biodiversidade serem registados onde há presença de comunidades indígenas, – não apesar dessa presença, mas devido a ela – são essas mesmas comunidades que mais frequentemente enfrentam deslocamentos forçados devido à implementação de projetos turísticos ou de conservação da natureza.

E por isso partilhámos algumas questões essenciais que os turistas devem colocar antes de decidirem para onde e como viajar. Questões que incentivam a ir além de um envolvimento superficial, e a considerar os impactos mais profundos das suas escolhas.

Um apelo: reflectir antes de viajar

Agradecemos à Papa Léguas a extraordinária oportunidade de trazer para este diálogo temas como os direitos indígenas e o turismo ético. Só estimulando estas conversas podemos contribuir para uma indústria do turismo que seja capaz de valorizar em igual medida quem viaja e as comunidades que são visitadas.

Aos viajantes que queiram fazer escolhas mais informadas, deixamos um apelo: antes de viajarem, entrem em contacto com organizações indígenas que operem nos destinos que planeiam visitar.

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A Azimuth juntou-se ao Open Weekend da Papa Léguas para Defender o Turismo Ético

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Crédito: Papa Léguas

Fomos até Vendas Novas, em fevereiro de 2024, para participar neste encontro muito especial que reuniu viajantes, jornalistas, académicos e ativistas para celebrar 25 anos da Papa Léguas e discutir importantes questões em torno da actual indústria do turismo.

Com a apresentação «Turismo ético: 5 perguntas fundamentais», procurámos explorar o impacto da indústria do turismo nas comunidades indígenas, a nível global.

Partindo do nosso trabalho com organizações de base indígenas, discutimos como projetos de conservação e turismo podem ter consequências devastadoras para os povos indígenas, quando implementados sem os procedimentos adequados de Consentimento Livre, Prévio e Informado.

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Crédito: Papa Léguas

Como ultrapassar uma visão superficial dos impactos do turismo

Durante a palestra, lançámos um desafio: tentemos ver para lá das narrativas que tradicionalmente são mobilizadas para descrever os projectos de turismo.

Neste sentido, achámos pertinente trazer exemplos concretos, experiências relatadas pelas comunidades com as quais trabalhamos, tais como os Batwa e os Endorois.

Exemplos que ilustram um padrão preocupante: apesar de os maiores índices de biodiversidade serem registados onde há presença de comunidades indígenas, – não apesar dessa presença, mas devido a ela – são essas mesmas comunidades que mais frequentemente enfrentam deslocamentos forçados devido à implementação de projetos turísticos ou de conservação da natureza.

E por isso partilhámos algumas questões essenciais que os turistas devem colocar antes de decidirem para onde e como viajar. Questões que incentivam a ir além de um envolvimento superficial, e a considerar os impactos mais profundos das suas escolhas.

Um apelo: reflectir antes de viajar

Agradecemos à Papa Léguas a extraordinária oportunidade de trazer para este diálogo temas como os direitos indígenas e o turismo ético. Só estimulando estas conversas podemos contribuir para uma indústria do turismo que seja capaz de valorizar em igual medida quem viaja e as comunidades que são visitadas.

Aos viajantes que queiram fazer escolhas mais informadas, deixamos um apelo: antes de viajarem, entrem em contacto com organizações indígenas que operem nos destinos que planeiam visitar.

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